sábado, 8 de janeiro de 2011

Ano fresquinho Sr, acabou de sair! Quer experimentar?


Começo de ano tem gostinho de esperança. É uma “alegriasinha” comovente que surge para impulsionar-nos à um “caminho alternativo”, que desvia dos erros passados.
 Particularmente, acho muito bom parar por uns instantes para repensar a vida e discernir entre os velhos hábitos quais valem à pena. A vida é um sopro e não dá para desperdiçá-la.
O “hoje” é o que temos, e não se sabe até quando. Por isso todos os dias são tão preciosos, não dá pra viver como se aqui fôssemos eternos, algumas pessoas se preocupam com o fim do mundo como se nunca fossem morrer!
Quando olho as pessoas ao meu redor, vejo no brilho dos olhos de cada um a carga que trazem da vida. Estão depositados nos olhos os sentimentos, e somado aos olhos a expressão da face revela um indivíduo complexo, um mosaico de assimilações que foram se acumulando, compondo a personalidade, a individualidade.
Penso que a vida é um milagre: incontáveis células em sintonia, com suas respectivas funções e atividades, constituindo cada ser vivo, e um depende do outro de alguma maneira, e por fim um grande equilibrio mantém a vida.
E nós, humanos, tão complexos, persistimos em olhar para as vitrines, para as telas que deformam a visão de mundo,  para as paredes de tijolos...desviamos nossa atenção da vida, e da própria vida.


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Buscas





Eu estava cansada “viajando” e morrendo de sono quando uma amiga minha interrompeu minha distração:
-Dá uma tristezinha, né?
-O quê?
-Dá uma tristezinha  esse fim de ano...
Concordei num gesto automático quando ainda estava imersa no meu fluxo de pensamentos incoerentes típicos do sono. Depois aquela pergunta ficou ecoando na minha mente, porque na hora eu não prestei atenção no que ela dizia, uma das últimas coisas que disse no último dia de aula.
Agora concordo conscientemente com ela.
Parece que o mundo começa a estacionar enquanto acelerados nos perdemos em nossos problemas. E no fim do ano parece que os dias duram uma eternidade.       Como se os problemas acabassem junto com o ano...
Começamos a contar os dias para as férias, enlouquecidos e angustiados com a eterna espera não prestamos mais atenção no mundo à nossa volta, inquietos contamos os segundos para a tão sonhada reta final.
Mas o problema vem mesmo depois da reta final: o que fazer?
Dormir.Acordar.Descansar.Comer.Sair. Dormir.Acordar.Descansar.Comer.Sair. Dormir.Acordar.Descansar.Comer.Sair. Dormir.Acordar.Descansar.Comer.Sair.
Dormir.Acordar.Descansar.Comer.Sair. Dormir.Acordar.Descansar.Comer.Sair. Dormir.Acordar.Descansar.Comer.Sair. Dormir.Acordar.Descansar.Comer.Sair.
Dormir.Acordar.Descansar.Comer.Sair. Dormir.Acordar.Descansar.Comer.Sair. Dormir.Acordar.Descansar.Comer.Sair. Dormir.Acordar.Descansar.Comer.Sair.
Dormir.Acordar.Descansar.Comer.Sair. Dormir.Acordar.Descansar.Comer.Sair. Dormir.Acordar.Descansar.Comer.Sair. Dormir.Acordar.Descansar.Comer.Sair....

Agente se cansa também das férias.

A verdade é que estamos sempre buscando “o novo”. Se sentamos, levantar parece ser mais confortável; quando levantamos sentimos vontade de sentar. O importante é ter expectativas, sonhar, porque as buscas movem a vida.
Às vezes descobrimos que algumas buscas não valem à pena, perdemo-nos no caminho, paramos e optamos por novos rumos. Basta desviar e voltar ao ponto conhecido, a partir daí seguimos para a nova direção.
Nem sei porque fico escrevendo essas coisas. Espero mudar o mundo de alguma maneira que busco descobrir; se ninguém tentar mudá-lo ele nunca vai mudar.
Pode rir, que o riso pode curar a tristeza do mundo.

sábado, 4 de dezembro de 2010

É fim de ano (denovo)

Estive fazendo umas sinapses, usando uns neurônios e refletindo sobre esse final de ano e cheguei à uma conclusão inusitada: a vida é  breve!
Ah! Eu sempre tento escrever alguma coisa quando chega o fim de ano (porque o fim de ano sempre parece ter umas reticências que parece que devemos concluir algo, e ficamos tão emotivos nessas situações), mas nunca termino. Sempre acho que ficou péssimo e nunca vou até o fim. Bem, espero que dessa vez eu termine...
Todo ano faço novas amizades, e sempre acho que a minha vida não será mais a mesma quando sei que não vou mais conviver com os amigos que seguirão por rumos diferentes. E  ela não é mesmo(mais a mesma), mas ela prossegue naturalmente, fase à fase. Sempre encontramos outros amigos, e não propositalmente esquecemo-nos daquela triste despedida para com os outros passados. Às vezes inevitavelmente comparamos os novos amigos com os antigos, talvez seja por que tenhamos sempre afinidade com pessoas de personalidades semelhantes.
No entanto, mais importante do que passar pelas fases da vida é aprender com elas, e levar sempre um pouco dos laços afetivos que construímos a fim de moldar nossa personalidade para nos tornarmos mais humanos. Porque quando conhecemos as pessoas precisamos reconhecer que há atitudes nossas que podem machucá-las e que há atitudes podem aliviá-las, além do fato de que a troca de experiências faz dos amigos mais amigáveis à vida. Constroem-se os sentimentos nobres: compaixão e misericórdia.
Um ser humano não é capaz de aprender sozinho, por isso não vive só. Completamo-nos uns aos outros, porque ninguém é bom em tudo o que faz. Nós, juntos, formamos um mosaico de dons, as habilidades de uns preenchem os defeitos do outro. É por isso que a formação em uma família é tão importante: um suporta o outro, um ensina o outro; quando falta a paciência do pai, logo a mãe vem acalmá-lo, e o filho, que tudo observa, aprende.
Assim, nos construímos mais à cada ano que passa,  o que somos hoje é resultado das conclusões à que chegamos sobre a vida ao longo das experiências pelas quais passamos, e a cada nova experiência devemos modificar tais conclusões (ou acrescentando pontos à anterior, ou a modificamos por completo), a isso chamamos viver.
Bem, esse ano eu até que escrevi bastante (Yes! Consegui!), vou parar por aqui, senão vou acabar desistindo do que escrevi.